Peça tenta associar o atual mandatário a Chiquinho Ramagem, que foi indicado pelo Republicanos à prefeitura do Rio
Eduardo Paes (PSD) e Alexandre Ramagem (PL). Foto: Divulgação e Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro determinou que o bolsonarista Alexandre Ramagem (PL) remova uma propaganda de campanha que associa o atual prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes (PSD), ao assassinado da vereadora Marielle Franco.
Segundo o jornal O Globo, a decisão foi tomada pelo juiz eleitoral Leonardo Grandmasson. “Saliento que o fato de a notícia também veicular fatos verdadeiros, uma vez que Chiquinho Brazão, de fato, foi assessor de Eduardo Paes na prefeitura, a associação criminosa feita entre o representante e o suspeito do crime não possui respaldo”, diz um trecho da decisão, à qual o jornal teve acesso.
O juiz também destacou que “a propaganda faz questão de indicar a suposta incapacidade de Eduardo Paes de combater o crime, se está com ele associado. Esta é a mensagem que se veicula na propaganda, que ora entendo descontextualizada e inverídica, evidenciando sua irregularidade”.
Assine nossa newsletterInscreva-se
Na peça, Ramagem aponta que a prefeitura chefiada por Paes nomeou, no ano passado, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) para a Secretaria Especial de Ação Comunitária (Seac). Preso desde o primeiro semestre, Brazão é um dos suspeitos do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes, ao lado do irmão dele, Domingos Brazão, e do delegado Rivaldo Barbosa.
Paes, por sua vez, afirmou que, quando tomou conhecimento “do suposto envolvimento do então político, ele foi sumariamente demitido do meu governo”.
A propaganda divulgada pela campanha de Ramagem recebeu críticas de um dos principais apoiadores da campanha do bolsonarista, o ex-deputado federal Eduardo Cunha.
Presidente municipal do Republicanos, Cunha disse que a campanha utilizou “de forma covarde a situação envolvendo a família Brazão”. Foi o Republicanos, inclusive, o responsável por indicar o nome de Chiquinho Brazão à prefeitura.
Fonte: Carta Capital
0 Comentários