Frigorífico que usava helicóptero para descer nas fazendas, dá calote de R$70 milhões em pecuaristas da região de Ji-Paraná

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Andreazza Noticia

Frigorífico que usava helicóptero para descer nas fazendas, dá calote de R$70 milhões em pecuaristas da região de Ji-Paraná




“Os grandes fazendeiros sentem o baque, mas o impacto maior é sobre o pequeno produtor, aquele que, às vezes, demora dois anos para conseguir vender uma carga de boi ou vaca", diz um pecuarista da região

JI-PARANÁ (17-01) – Sabe aquela estória de que quando a esmola é muito grande até o santo desconfia? Pois é, nem os mais desconfiados pensavam que aquele frigorífico que mandava um comprador descer de helicóptero nas grandes e pequenas fazendas para comprar gado iria aplicar um tremendo ‘171’ nos criadores da região.
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O Rio Beef é sucessor do antigo frigorífico Tangará que, ao encerrar suas atividades na região deixaria uma grande dívida com os pecuaristas.

Um grupo de empresários de Ji-Paraná resolver se associar e assumir a operação o frigorífico, com promessa de valorização do criador.

É uma conversa bonita e tem até vídeo com mensagens no site da empresa, mas a realidade é bem diferente.
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No site da empresa também tem vídeo em que o comprador do frigorífico chega de helicóptero nas propriedades para comprar gado.

A denúncia sobre o calote aos pecuaristas da região de Ji-Paraná está publicada no site www.comprerural.com.

Ainda de acordo com a matéria do comprerural, o RioBeef agora pertence a uma organização chamada Ozfrig Carnes do Brasil S/A.
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A reportagem do www.erxpressaorondonia.com.br conversou ontem com alguns produtores rurais de Ji-Paraná, que se dizem preocupados com o impacto que o calote leva aos pecuaristas.

“Os grandes fazendeiros sentem o baque, mas o impacto maior é sobre o pequeno produtor, aquele que, às vezes, demora dois anos para conseguir vender uma carga de boi ou vaca e, na hora de receber, fica a ver navios. Isso é muito grave e preocupante”, enfatiza um produtor rural.

O expressaorondonia também fez contato com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia, mas até o fechamento desta matéria a Faperon ainda não havia se pronunciado.


Até agora, pelo menos, os donos do gado vendido não viram a cor do dinheiro.

Segundo as denúncias, a empresa compradora adquiriu grande número de animais para abate e, ao menos até agora, não havia pagado a grande quantia devida a produtores da região.

O site Compre Rural afirma, ainda, que “os pecuaristas estão se unindo, correndo atrás da cobrança do gado negociado”. Os pagamentos estariam atrasados desde novembro passado e, mesmo com as renegociações, os novos prazos também não foram cumpridos.

O caso domina as conversas de lideranças do agronegócio de Ji-Paraná e cidades vizinhas. Muitos dos produtores não têm ideia de como sobreviverão com um prejuízo financeiro desta monta. A esperança é de que a empresa volte a negociar novos prazos e comece a cumprir os pagamentos. A diretoria da empresa não se pronunciou sobre o assunto, até agora.

Essa estória de frigorífico dá calote em criador de gado e depois quebrar é tão velha quanto andar para frente. Há muito se ouve falar neste golpe e ele continua se repetindo, com uma vela novela em que se troca apenas os atores, mas, mantém o roteiro.

Em final dos anos 1990, quando um grande frigorífico de Ariquemes – ligado a políticos, para variar – quebrou e provocou grandes prejuízos aos pecuaristas de Rondônia, chegou-se a aprovar na Assembleia Legislativa uma lei instituindo um seguro para as operações de compra dos frigoríficos principalmente dos pequenos produtores


Foto: Expressão Rondônia

Fonte: Expressão Rondônia


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